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O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) de Florianópolis registrou deflação de 0,37% em setembro. A divulgação ocorreu nesta quinta-feira (2/10), durante o evento de assinatura de convênio entre a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) e o Instituto Técnico de Administração e Gerência (ITAG), vinculado ao Centro de Ciências da Administração e Sócio-econômicas (ESAG) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
O custo de vida pesquisado pelo ITAG reflete a variação de preços incidentes sobre os orçamentos de famílias com rendimentos de um a 20 salários mínimos. O indicador é calculado com base na comparação de preços de 319 itens. Desses, 129 são do grupo alimentação. O levantamento inclui ainda tarifas públicas (água, energia elétrica, telefonia, transporte coletivo), artigos de consumo (aparelhos eletro-eletrônicos, de higiene e limpeza, vestuário, produtos farmacêuticos) e serviços (aluguel, condomínio, médicos, dentistas, planos de saúde, mensalidades escolares, recreação). O levantamento é realizado em cerca de cem estabelecimentos, sendo que a pesquisa é feita semanalmente para o grupo de alimentação e mensalmente para os demais itens.
Destes grupos, a alimentação representou uma redução de 0,39% e os produtos não alimentares uma queda de 0,69%. Já os serviços públicos e de utilidade pública e outros serviços não tiveram variação. Os alimentos in natura foram os que tiveram maior peso para a deflação de setembro, explica o coordenador do estudo, Hercílio Fernandes Neto. “A boa safra e a redução de crédito – que obrigam a redução dos estoques – é que garantiram preços menores”, diz. Segundo ele, a tendência é de que nos próximos meses o índice seja semelhante ao de setembro e que Florianópolis encerre o ano com uma taxa em torno de 6%.
Participaram da assinatura do convênio o presidente da ACIF, Dilvo Tirloni; o vice Doreni Caramori Júnior; o diretor de ensino da Udesc, Marco Antônio Seifriz; o diretor administrativo da ESAG, Aroldo Schambeck, o técnico responsável pelo estudo, Hercílio Fernandes Neto, e o coordenador do curso de Economia da ESAG, Lisandro Fin Nish. Também estiveram presentes diretores, membros do Conselho Superior e Fiscal da Acif.
A divulgação do IPC do ITAG é o primeiro passo de uma parceira que tem como objetivo a produção de indexadores da economia local. “O índice é uma ferramenta muito importante para os empresários da cidade, mas até hoje tinha menos visibilidade do que merece”, afirma Tirloni. “Agora iremos realizar outros estudos conjunturais como o de emprego, por exemplo”.